domingo, 6 de novembro de 2011

2 Fins de semana em Berlim

Já não escrevo no meu blog há mais de 2 semanas. A verdade é que foram 2 semanas óptimas e muito cheias que vou passar a descrever agora! No dia 27, ao final da tarde, sai de Cottbus em direcção ao aeroporto de Berlim. fui buscar a Maria do Mar que já não via há 40 dias! Depois de uma breve espera lá apareceu, de mochila às costas para passar uma semana entre Cottbus e Berlim. Apanhámos o comboio e chegámos a esta cidade à hora do jantar. No dia a seguir acordei bem cedo para mais uma aula de alemão. Não está a servir de muito porque ainda não me consigo exprimir nesta língua que é tão estranha. A seguir apanhámos o comboio para Berlim onde passámos uns excelentes três dias, entre passeios de 15 km, algumas visitas culturais e uma ida ao Jardim Zoológico de Berlim, o parque com mais espécies animais do mundo.



























Na segunda feira, dia 31 de Outubro, dia dos meus 23 anos, voltámos para Cottbus à tarde, depois de uma manhã de girafas, hipopótamos, pandas e ursos! Não apetecia muito voltar, Berlim estava com vida, gente e coisas a acontecer. Mas não havia outra hipótese, nos dois dias que se seguiram tive que apresentar os dois trabalhos que me faltavam para acabar estas 5 primeiras semanas de "Design Methods" o tempo de preparação para os 8 workshops que se seguem. Aqui ficam alguns desenhos rápidos dos sítios por onde passei até agora, são edifícios, paisagens ou outra coisa qualquer que me marcaram neste tempo.
























Na quinta feira passada fui deixar a Maria ao aeroporto, o tempo passa mesmo a voar. Voltou para Florença, cidade que espero visitar no próximo dia 26. Fiquei por Berlim o resto do dia, precisava de fazer uns uploads dos trabalhos (somos obrigados a publicar tudo o que fazemos num arquivo online) e como tal passei parte da minha tarde num instituição, mundialmente conhecida, que oferece internet aos seus visitantes. Falo de um starbucks, como é óbvio. Depois de tudo feito, e mais um certo na minha lista do dia, andei até à Pariser Platz e entrei no novo edifício da Academia das Artes de Berlim com o propósito de levantar 17 bilhetes para a conferência dessa noite. O arquitecto Souto de Moura visitou a capital alemã para dar uma conferência no incrível edifício da "Akademie der Kunste", o antigo, perante uma sala cheia e com alguns portugueses curiosos. Falou com alegria e com modéstia. Apresentou os seus mais recentes trabalhos, ao contrário do que o público esperava. Falou bem. Discutiu o futuro da arquitectura, falou dos seus interesses e não lhe escaparam as referências a Portugal, país pequeno com muitas dificuldades financeiras onde a arquitectura ainda se consegue exprimir com força e mostrar ao mundo novas possibilidades e formas de pensar. Deixo aqui uma fotografia de uma maquete do edifício do Crematório, na Bélgica, que foi apresentado nesta conferência.























Acabo de chegar de outro fim de semana em Berlim, por lá passei estes últimos 3 dias mas destas vez sempre a regressar a casa. Concluímos assim o ciclo das "architectours" com uma visita ao interior desta grande cidade. Focámos o passeio em rua, vida de rua e alguns museus, galeria e sítios do nosso interesse que nos mostram uma cidade que está viva. As exposições são sempre diferentes e verdadeiramente interessantes. Na 6a feira começámos por visitar o museu da história natural, ou parte dele. O ponto de interesse não era a colecção propriamente dita, mas sim uma intervenção feita recentemente numa das fachadas que tinha sido arrasada na guerra. Os arquitectos decidiram reconstruir este "lado" de uma forma diferente, criaram um molde da fachada existente e encheram-no de betão cinzento.

















Depois fomos até à "HamburgerBahnhof", uma antiga estação de comboios transformada em museu de arte moderna e contemporânea. A sala central é usada par grandes exposições/instalações provisórios. Agora é a vez de Tomás Saraceno mostrar o seu conceito, "Cloud Cities". Este arquitecto e artista Argentino tem feito um grande processo de investigação sobre a ideia de flutuar e habitar o céu. Esta instalção convida o curioso a entrar num mundo complexo de transparências e ausência de gravidade. As bolhas leves são cidades ou espaços que se podem sentir, mesmo!



























Entre galerias verdadeiramente interessantes, potes de noodles, e muitos passeios. Assim se fez mais um fim de semana nesta cidade que parece não se esgotar. A cada visita encontro sítios novos cheios de vida. Aconselho uma visita a quem nunca cá esteve. Aos que já experimentaram voltem! Vou começar amanhã o workshop de Cottbus. Depois escrevo mais umas linhas. Por aqui está tudo bem!

2 comentários:

  1. Gostei muito de tudo o que foi mostrando e escrevendo. É também uma forma diferente de viajar e ajuda-me a estar consigo. Vá sempre continuando a escrever. Gostei imenso dos seus desenhos!
    Um grande beijinho da mâe

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  2. ta mt lindo!!!

    quem é que fez os desenhos?

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