segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Painel de apresentação do workshop #3, Lisboa!

Deixo aqui o poster que deve andar a circular lá na faculdade! Apresenta o workshop bem como um conjunto de professores e conferencistas associados no mínimo interessante. "Isto promete", diz o resto do grupo! E acho que têm razão...




sábado, 4 de fevereiro de 2012

Um pequeno Post só a dizer que ontem à noite, enquanto jantávamos, começou a nevar! Deve ter nevado a noite inteira porque quando abri a janela foi isto que encontrei!! Não quis deixar de mostrar aqui!



A semana de reflexão, VISITA, e passeios!

Eram 9 da manhã do dia 23 de Janeiro, fomos recebidos pelos professores na nossa sala especial para as próximas 4 semanas. A faculdade está de férias e está quase tudo fechado! É mesmo o convite a uma semana de reflexão e de pouco trabalho prático! O ideal para conhecer mais da cidade, viajar por uma das mais bonitas regiões de França, e ter aquela visita especial que não podia ter escolhido melhor os 7 dias para cá vir! A Maria chegou de manhã à estação de Saint Charles, no centro de Marselha. Fui lá buscá-la depois de uma visita à unidade de habitação, de Le Corbusier. Ver em imagens de livros é já impressionante, agora imaginem visitar um dia de sol e vento com direito a pequeno almoço na varanda da "cité radieuse".

Chegados a Luminy, para deixar as malas e almoçar, alguém fez uma sesta antes de uma passeio por este parque natural. À noite combinou-se uma ida em dois carros a "Aix-en-Provence", ou Aix como dizem os alunos franceses. Saímos de manhã para uma breve viagem de 40 minutos até chegar ao centro desta cidade. Parar o carro, voltar a parar, encontrar o centro de turismo que afinal estava à nossa frente, esperar a reunião do grupo e começar o passeio. Aqui viveu Cézanne, no chão há todo um percurso que se pode seguir para ver a casa, a casa da avó, a casota do cão da prima, etc.! Mas esta cidade tem muito para oferecer. Para quem está há quase 3 semanas enfiado em Luminy, em pleno parque Natural a Sul de Marselha, sabe muito bem chegar a um sítio destes. Há gente nas ruas, sol, árvores em modo Inverno, cafés típicos, padarias e lojas de queijos! Aix é vivida por gente rica e isso sente-se assim que se chega, as lojas são outras e os preços mudam. Mas este factor deve ser razão suficiente para apresentar diariamente um conjunto de ruas com esplanadas bem arranjadas, igrejas góticas e casas renascentistas, mercados cheios. Às vezes parece uma cidade italiana, as casas mostram uns amarelos torrados à Toscana e as ruas guiam-nos para largos que podíamos encontrar em Siena! Foi um dia muito bem passado. Quem puder visitar não hesite. Deixo aqui algumas fotografias.




























O resto da semana fez-se em mais passeios entre o centro da cidade, as ilhas "Frioul" (que ficam logo à frente do porto antigo) as montanhas e "Calanques" e até um jogo de bowling com direito a jantar em casa de um amigo francês que apareceu do nada! O nosso professor responsável em Marselha, Monsieur Stephane Hanrot, levou-nos ao sítio onde vive, as Ilhas "Frioul". Não é nada comum viver-se aqui, as ilhas têm menos de 200 residentes e uma delas é ocupada pelo "Chateau d'If", onde esteve preso, na cabeça de Alexandre Dumas, o Conde de Monte Cristo. Não há muito para ver nas ilhas mas ao longo dos dias fui-me apercebendo do fascínio e gosto do Stephane por este sítio. Comprou uma casa há uns 20 anos, onde conversámos e bebermo chá, e aqui tenta dormir 3 noites por semana. Pesca, passeia e trabalho com mais descanso, quando não tem que ir ao atelier. Foi interessante conhecer esta minúscula realidade de opção de vida em Marselha, é mesmo diferente do que qualquer outra casa em terra.


























Os dias foram passando e os programas foram acontecendo. A Maria foi-se embora na 3ª feira passada depois de uma semana bem passada, acho eu! Deu para conhecer um bocadinho mais da cidade como o bairro antigo e a Catedral. Acabámos os passeios com uma boa volta pelas Calanques, esse sítio incrível que quem visita não esquece! A ida da minha visita deu lugar a um novo convidado, o frio gelado que veio para ficar. Hoje os termómetros não subiram dos -2º. Estamos enfiados no nosso edifício F, onde está quente, e por aqui vamos ficar...se calhar até 2º feira! Ou até haver comida!! Ficam algumas fotografias no passeio das Calanques. Agora há que trabalhar, estamos a 12 dias da apresentação final e todo este relaxo deixou pouca vontade!









 

Fim do Workshop. Free weekend!

Na 6ªa feira, dia 20 de Janeiro, apresentámos o trabalho de 10 dias feito em L'Estaque. Foram 13 trabalho, 13 grupos diferentes com proposta tão diversas quanto possível. Trabalhos a escalas urbanas, outros mais detalhados, uns realistas e outros verdadeiramente utópicos! A diferença chegou até à forma de apresentar, uns dos grupos vencedores apresentou uma banda desenhada enquanto falavam de forma teatral. Parece parecer ter graça mas quando se percebe pouco ou quase nada de francês técnico, torna-se só ridículo! Depois viemos para casa, estávamos todos muito cansados e a precisar de uma (ou mais!) noite de sono. Dormiu-se até tarde e entrámos num fim de semana sem planos e de incertezas em relação ao trabalho futuro.















Aproveitámos a cidade por uns dias até 2ª feira de manhã, dia em que regressávamos ao projecto. Marselha é uma cidade estranha, é uma cidade com milénios de história mas com pouco para oferecer. A nossa "casa" fora do centro e o tamanho da cidade (dizem-nos que 3 vezes maior que Paris em área metropolitana) não nos ajudam a conhecer esta capital do Sul. Mas pelo que conheço volto a afirmar que é estranha, tem 60% de emigrantes misturados com alguma gente fina com casa nos Alpes. Há milhares de polícias nas ruas, o que acentua a insegurança que se faz se faz sentir por vezes à noite. O centro de Marselha é pobre, a zona onde tudo acontece, com lojas, restaurantes cafés, boutiques p'rás senhoras, ect., é realmente pobre! Este centro pertence às pessoas "de Marselha", aos emigrantes que foram chegando ao longo dos anos, estes são hoje em dia os verdadeiros donos e senhores da segunda cidade francesa.