terça-feira, 19 de junho de 2012

Salzburgo, um dia de passeio, cerveja e 4 patas!

Algures a meio de Maio, num fim de semana em que o sol apareceu com força e trabalhar a um Sábado era tudo o que não apetecia, decidimos sair de Innsbruck e fazer uma viagem até Salzburgo. Alugámos um carro entre 2 portugueses e 2 espanhóis. Assim se juntou a Ibéria para uma volta prometida à cidade/museu da "música no coração". Facto interessante: sabia que neste mesmo fim de semana iria haver o campeonato do mundo de cães onde a Broa, a serra da estrela de Sto. Quintino, acabou por se sagrar campeã do mundo! Mas confesso que só percebi o impacto deste acontecimento quando parámos o carro fora da cidade antiga e começámos a entrar no centro para as voltas na cidade de Mozart...havia mais cães do que pessoas! Pequenos, grandes, com e sem pelo, estranhos, com laçarotes, de colete e uns até que pareciam tudo menos cães! Aterrámos no meio de uma festa canina que se concentrava lá em cima, no castelo da cidade. Quando nos apercebemos do que estava a acontecer, decidimos "escalar" a monte, depois de uma insistência do lado português que sente a falta de um evento desportivo de quando em vês! Subimos, subimos, bebemos água, subimos, empurrámos a espanhola, subimos...ultrapassamos cães...e quando chegámos lá a cima atiram-nos com o gesto ordinário de pedir 8 euros para entrar! Claro que o que se seguiu foi uma lenta descida até metade para nos sentarmos num "biergarten", que dispensa apresentações! A vista então era esta...

















Depois da descida foi passear até ao fim da tarde! A cidade é um museu, é como Florença e é bem pior que Innsbruck. Os já clássicos grupos de chineses de canon ao pescoço fazem fila à porta de casa do compositor que aqui nasceu. O turista enche as ruas das lojas e como sempre parte da magia desaparece. Infelizmente é este o futuro da Europa, ou parte dela. Mas a cidade não perde o seu encanto e em cada canto vão-se descobrindo edifícios barrocos, ruelas com vida, esplanadas (porque o sol é um assunto muito sério!) e praças que de desenham umas atrás das outras! E ele lá está, Wolfgang, plantado no meio do largo com o seu nome a ser observado e registado por várias lentes! Deixo aqui fotografias de um dos melhores dias de sol, para quem andou por estes sítios a exigência baixa bastante!































quinta-feira, 17 de maio de 2012

Innsbruck e o Tirol, entre a neve e o verão!

Já cá estou há 4 semanas mas com o trabalho e as actualizações atrasadas só agora tive oportunidade para escrever mais uma vez. Pois é, cheguei à Áustria no dia 22 de Abril para mais um workshop, o penúltimo deste ano. Aterrar aqui foi estranho, como já não havia luz não percebi nada do contexto, era suposto estar a aterrar no meio de montanhas mas da janela do meu minúsculo avião (se é que atinge este estatuto), só conseguia ver a cidade plana até chegar à pista.
























Depois foi apanhar uma boleia para o hostel onde ia ficar na primeira semana, uma pousada de juventude no outro lado da cidade. Só quando acordei no dia seguinte é que percebi o poder deste sítio! Uma cidade plana, num vale, rodeada por montanhas com mais de 2000 metros por todos os lados! Não há palavras..

Não ficámos neste hostel uma semana inteira porque 2 dias depois, a seguir à aula de apresentações, partimos para Obertilliach, uma vila no meio dos Alpes perto da fronteira com a Itália. São 5 horas de comboio + autocarro para se chegar a este sítio que de repente representava um regresso ao Inverno. A preparação para estas condições não era suficiente...por isso sentiu-se o frio neste primeiro dia nos Alpes! Visitámos esta vila porque é lá que estamos a trabalhar. Durante 3 dias percorremos quase todo o vale e explorámos ao pormenor as ruas, as casas, as pequenas quintas e as pessoas de Obertilliach. O nosso projecto desafia-nos a redesenhar uma vila alpina, transformar a tendência do abandono em direcção às cidades através de uma intervenção arquitectónica que mude o estilo de vida destas pessoas. Mas a verdade é que o problema não é astronómico, aqui vivem perto de 800 pessoas felizes acompanhadas por crianças que correm pelos montes (pequenas Heidis) e pelas vacas que se passeiam alegremente pelo vale! Não há stress, não há muitas preocupações...só há uma grande distância física em relação à cidade mais próxima. Ficámos num bom hotel com refeições incluídas (e que bons petiscos alpinos!). Tudo isto pago pela faculdade! Aqui sente-se a pressão do turismo, a maior parte das vilas à volta já não são as mesmas. Ao longo dos anos foram transformadas em resorts de ski que recebem milhões de pessoas por ano. Só para dar um exemplo, em época alta nos meses de neve são transportadas por hora 1,5 milhões de pessoas nos teleféricos e cadeirinhas!!

Algumas fotografias que mostram a vida e a paisagem desta vila perdida nos alpes!
























E agora...INNSBRUCK!! E escrevo em maiúsculas para acentuar uma alegria, uma surpresa enorme em perceber que esta cidade é espectacular. Estava à espera de uma cidade certinha, protegida e rodeada de turistas que param no centro histórico e de lá não saem (este último acontece um bocadinho). Mas quando voltámos dos Alpes descobrimos uma cidade cheia de vida! Há jardins, parques, espaço público cheio de gente! As pessoas param nos cafés e aproveitam o sol e o bom tempo, que é também uma surpresa. A cidade não é cara e tem muitos estudantes. Ao pé do rio Inn há bicicletas a toda a hora, pessoas a correr com cães. E ainda mais impressionante, há turcos, indianos e uma grande mistura! A cidade é linda...faz-se de praças, ruas estreitas e avenidas. Edifícios barrocos, igrejas esticadas, arquitectura contemporânea. Sempre com as montanhas como pano de fundo, um cenário que muda constantemente mas que me parece incansável para nós, pequenas formigas que se passeiam por aqui! Por aqui fico até 2 de Junho. Depois há uma passagem por Portugal (muito esperada) e a seguir segue-se Kiel, a cidade do Norte da Alemanha. Nos próximos dias mostro aqui o que andamos a fazer, o trabalho que estamos a produzir. Mas agora deixo fotografias desta Innsbruck que se estende pelo vale. Espero que gostem.













sexta-feira, 11 de maio de 2012

O regresso às origens.

Aterrar em Lisboa é sempre bom. É óptimo quando se acorda a dar a curva quase em cima do Cabo Espichel e ao longe começa a aparecer a ponte, a Basílica, as casas...a Gulbenkian...LISBOAA! 

Durante 1 mês e meio fomos recebidos em "casa", o velho atelier da Autónoma foi o palco para o 3º workshop do mestrado. Não se esperava outra coisa senão intensidade e muito esforço para chegar ao fim com muito boas propostas para as traseiras do Ateneu Comercial de Lisboa que escalam a colina em plataformas desertas mas incríveis! Durante este tempo transformámos este sítio morto num novo espaço público da cidade que dava a Lisboa um novo mercado e outros serviços que decidíssemos explorar. 








Nesta grande visita a casa fica na memória o trabalho em Lisboa, que bom que é trabalharmos sobre a cidade que adoramos, tentar explorar a sua vida pública, a luz, as vistas! Ando por aí a viajar há quase um ano e a verdade é que não encontro um sítio como este! Ficam também os passeios que demos para mostrar Lisboa aos "outsiders", passeios esses que me fazem parar mais do que eles, dou por mim a olhar e a descobrir, a entrar mais no jogo do que eles! Houve tempo para pouca coisa mas ainda assim ouviu-se Wagner na Gulbenkian, comeram-se percebes no Paco! Saímos para o Cais do Sodré para ver a "Rua cor de rosa" e passeámos pelo Chiado...e pelo Bairro Alto...e por Santa Catarina!!

Em Outubro / Novembro estamos lá outra vez para mais um exercício português. Acho que a maioria quer voltar, voltar para trabalhar e redescobrir a cidade numa nova época.

Depois de todo o trabalho chegaram as merecidas férias da Páscoa! Ah...que bom que é chegar à Costa Alentejana e "aterrar" em Porto Covo com amigos para uns dias muito descansados. Já havia saudade deste sítio e desta costa. Depois foi continuar a descer para a Prainha...e subir para Viseu e voltar a casa para mais 2 semanas livres para rever amigos, passear e comer bem! Não me soube a pouco porque deu para tudo...e daqui a nada há mais. Lisboa não cansa...fujam os que quiserem, eu se puder fico!!

Como não podia deixar de ser ponho aqui algumas fotografias da nossa viagem ao Sul, a já famosa viagem que a turma internacional faz com os professores durante 3 dias para descobrir a paisagem alentejana, a arquitectura contemporânea que aqui se construiu, o mar que nos segue e a luz...não há outra assim!











ATRASO!!

Este post chama-se atraso! E tem este nome porque foi ganhando um estatuto, uma espera e muito desleixo...acontece que Marselha acabou no dia 18 de Fevereiro, para a minha felicidade larguei o estilo de vida tipo monge que tinha acumulado durante 6 semanas. Viver em Luminy enquanto a faculdade está fechada para férias e nós, os 17, somos os únicos utentes, não provoca grande felicidade e alegria. O workshop de Marselha fez-nos trabalhar sozinhos com um grande ritmo no fim. O meu projecto final resolvia uma estação de comboios e combinava-a com um instituto de estudos marítimos. O que fica de melhor é mesmo o sítio extraordinário que nos deram para explorar, mudar ou manter, L'Estaque é uma ruína dos nossos tempos que chama a um passeio diferente. Pode ser palco de cenários incríveis. Para dar asas à imaginação! Deixo 3 imagens: um quadro de Cézanne que mostra a relação deste sítio com o mar, as montanhas e a cidade lá ao fundo; uma imagens da maior obra de Jumes Turrel, a Roden Crater onde o artista explora a relação dos espaços criados com o céu como novo elemento; e por último uma fotomontagem do projecto que tenta mostrar a relação do novo espaço com os respectivos elementos. 









































Mas ficam também na memória alguns jantares com muito queijo, cervejas desconhecidas e serões criados à no corredor sem luz! E claro, a neve que nos invadiu.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Painel de apresentação do workshop #3, Lisboa!

Deixo aqui o poster que deve andar a circular lá na faculdade! Apresenta o workshop bem como um conjunto de professores e conferencistas associados no mínimo interessante. "Isto promete", diz o resto do grupo! E acho que têm razão...